No rodapé da carta, um beijo ardente,
Traduzindo, no batom, divina jura
As delícias do amor que se procura
As volúpias de um desejo permanente.
Abraçado àquela carta, docemente,
Do desejo, do prazer, pela gravura,
Eu beijei o papel com tal ternura
Que a senti, por instantes, em minha frente.
E dos lábios, no elan delicioso,
Um murmúrio de afeto venturoso,
Eu ouvi quando suguei divino mel.
Saciado pela seiva da distância,
O instante envolveu a minha ânsia,
Que senti beijando a boca no papel
Traduzindo, no batom, divina jura
As delícias do amor que se procura
As volúpias de um desejo permanente.
Abraçado àquela carta, docemente,
Do desejo, do prazer, pela gravura,
Eu beijei o papel com tal ternura
Que a senti, por instantes, em minha frente.
E dos lábios, no elan delicioso,
Um murmúrio de afeto venturoso,
Eu ouvi quando suguei divino mel.
Saciado pela seiva da distância,
O instante envolveu a minha ânsia,
Que senti beijando a boca no papel
(Luis Lêdo Motta Mello)
3 comentários:
Como diz Roberto Carlos: "Sou aquele amante à moda antiga ", ainda sou das cartas de amor... Parabens pelo post...
Bjinhos
Só quem já viveu isso sabe.
Qdo mais jovem, tive um amor de amor mesmo.
Eu no Rio e ele , no Chile.
O cheiro do papel do envelope me era como raro sândalo.
Muito bacana e você de um modo conciso, passou muito bem essa beleza de se ler.
amor senpre amar parabens
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