quarta-feira, 10 de novembro de 2010

L'amitié (Françoise Hardy)




L'amitié
Françoise Hardy

Beaucoup de mes amis sont venus des nuages
Avec soleil et pluie comme simples bagages
Ils ont fait la saison des amitiés sincères
La plus belle saison des quatre de la terre

Ils ont cette douceur des plus beaux paysages
Et la fidélité des oiseaux de passage
Dans leurs cœurs est gravée une infinie tendresse
Mais parfois dans leurs yeux se glisse la tristesse

Alors, ils viennent se chauffer chez moi
Et toi aussi tu viendras

Tu pourras repartir au fin fond des nuages
Et de nouveau sourire à bien d'autres visages
Donner autour de toi un peu de ta tendresse
Lorsqu'un autre voudra te cacher sa tristesse

Comme l'on ne sait pas ce que la vie nous donne
Il se peut qu'à mon tour je ne sois plus personne
S'il me reste un ami qui vraiment me comprenne
J'oublierai à la fois mes larmes et mes peines

Alors, peut-être je viendrai chez toi
Chauffer mon cœur à ton bois

...
Muitos de meus amigos vieram das nuvens,
Com o sol e a chuva como bagagem.
Fizeram a estação da amizade sincera,
A mais bela das quatro estações da terra.

Têm a doçura das mais belas paisagens,
E a fidelidade dos pássaros migradores.
E em seu coração está gravada uma ternura infinita,
Mas, as vezes, uma tristeza aparece em seus olhos.

Então, vêm se aquecer comigo,
e você também virá.

Poderá retornar às nuvens,
E sorrir de novo a outros rostos,
Distribuir à sua volta um pouco da sua ternura,
Quando alguem quiser esconder sua tristeza.

Como não sabemos o que a vida nos dá,
Talvez eu não seja mais ninguém.
Se me resta um amigo que realmente me compreenda,
Me esquecerei das lágrimas e penas.

Então, talvez eu vá até você aquecer
Meu coração com sua chama.


http://www.youtube.com/watch?v=MXWfb1PpmbQ&feature=youtube_gdata_player



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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Teus olhos...




http://www.youtube.com/watch?v=_cNCD9CRS1Y&feature=youtube_gdata_player

Teus olhos abrem pra mim
Todos os encantos
Teus olhos abrem pra mim
Teus olhos abrem pra mim
Todos os encantos bons
Tudo que se quer vai lá
Eu vi na terra
Você chegando assim
Assim, de um jeito tão sereno
Ai, ai, meu Deus do céu
Eu vivo sem pensar
Se sou só
Acho que não vou mais
Agora tudo tanto faz,
meu bem
Eu vi você passar
Levando meu encanto
Caminho sem saber de mim
Eu vivo sem pensar
Se sou só
ou sou mar
Mas eu conto com você
Pois enquanto eu não me resolver
Eu vou lá, eu vou lá
Mas enquanto eu não me resolver
Eu vou lá, eu vou lá



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domingo, 15 de agosto de 2010

Ou isto, ou aquilo



Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!


Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!


Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.


É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!


Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.


Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!


Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.


Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.

Cecília Meireles

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Jeito estúpido de ser...




Eu vou te contar que você não me conhece,
e eu tenho que gritar isso porque você está surdo e não
me ouve.
A sedução me escravisa a você
ao fim de tudo você permanece comigo mas prezo ao que
eu criei
e não a mim.
E quanto mais falo sobre a verdade inteira um abismo
maior nos separa.
você não tem um nome, eu tenho.
Você é um rosto na multidão e eu sou o centro das
atenções.
Mas a mentira da aparencia do que eu sou,
e a mentira da aparencia do que você é
Porque eu
eu não sou o meu nome,
e você não é ninguém
o Jogo perigoso que eu pratico aqui
ele busca chegar ao limite possível de aproximação
através da aceitação da distância e do reconhecimento
dela
entre eu e você existe
a noticia que nos separa
eu quero que você me veja nua
eu me dispo da noticia
e a minha nudez parada
te denuncia e te espelha
eu me delato
tu me relatas
eu nos acuso e confesso por nós
assim me livro das palavras
com as quais
você me veste...

Eu sei que eu tenho um jeito
Meio estúpido de ser
E de dizer coisas que podem magoar e te ofender
Mas cada um tem o seu jeito
Todo próprio de amar e de se defender
Você me acusa e só me preocupa
Agrava mais e mais a minha culpa
Eu faço, e desfaço, contrafeito
O meu defeito é te amar demais
Palavras são palavras
E a gente nem percebe o que disse sem querer
E o que deixou pra depois
Mais o importante é perceber
Que a nossa vida em comum
Depende só e unicamente de nós dois
Eu tento achar um jeito de explicar
Você bem que podia me aceitar
Eu sei que eu tenho um jeito meio estúpido de ser
Mas é assim que eu sei te amar...



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https://youtu.be/BDcFa16ZisY

terça-feira, 20 de julho de 2010

Feliz dia do amigo!


A idade e a mudança

Lya Luft

Mês passado participei de um evento sobre o Dia da Mulher.
Era um bate-papo com uma platéia composta de umas 250 mulheres de todas as raças, credos e idades.
E por falar em idade, lá pelas tantas, fui questionada sobre a minha e, como não me envergonho dela, respondi.
Foi um momento inesquecível...
A platéia inteira fez um 'oooohh' de descrédito.
Aí fiquei pensando: 'pô, estou neste auditório há quase uma hora exibindo minha inteligência, e a única coisa que provocou uma reação calorosa da mulherada foi o fato de eu não aparentar a idade que tenho? Onde é que nós estamos?'
Onde não sei, mas estamos correndo atrás de algo caquético chamado 'juventude eterna'. Estão todos em busca da reversão do tempo.
Acho ótimo, porque decrepitude também não é meu sonho de consumo, mas cirurgias estéticas não dão conta desse assunto sozinhas.
Há um outro truque que faz com que continuemos a ser chamadas de senhoritas mesmo em idade avançada.
A fonte da juventude chama-se "mudança".
De fato, quem é escravo da repetição está condenado a virar cadáver antes da hora.
A única maneira de ser idoso sem envelhecer é não se opor a novos comportamentos, é ter disposição para guinadas.
Eu pretendo morrer jovem aos 120 anos.
Mudança, o que vem a ser tal coisa?
Minha mãe recentemente mudou do apartamento enorme em que morou a vida toda para um bem menorzinho.
Teve que vender e doar mais da metade dos móveis e tranqueiras, que havia guardado e, mesmo tendo feito isso com certa dor, ao conquistar uma vida mais compacta e simplificada, rejuvenesceu.
Uma amiga casada há 38 anos cansou das galinhagens do marido e o mandou passear, sem temer ficar sozinha aos 65 anos.
Rejuvenesceu.
Uma outra cansou da pauleira urbana e trocou um baita emprego por um não tão bom, só que em Florianópolis, onde ela vai à praia sempre que tem sol.
Rejuvenesceu.
Toda mudança cobra um alto preço emocional.
Antes de se tomar uma decisão difícil, e durante a tomada, chora-se muito, os questionamentos são inúmeros, a vida se desestabiliza.
Mas então chega o depois, a coisa feita, e aí a recompensa fica escancarada na face.
Mudanças fazem milagres por nossos olhos, e é no olhar que se percebe a tal juventude eterna.
Um olhar opaco pode ser puxado e repuxado por um cirurgião a ponto de as rugas sumirem, só que continuará opaco porque não existe plástica que resgate seu brilho.
Quem dá brilho ao olhar é a vida que a gente optou por levar.
Olhe-se no espelho...


Lya Luft


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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Pense !




“Tinha que existir uma pintura totalmente livre da dependência da figura – o objeto – que, como a música, não ilustra coisa alguma, não conta uma história e não lança um mito. Tal pintura contenta-se em evocar os reinos incomunicáveis do espírito, onde o sonho se torna pensamento, onde o traço se torna existência”
(Michel Seuphol)


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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Além do Arco-Iris ...

"Um lugar sem problemas...
Acha que existe um lugar assim, Totó?
Deve existir...
Não é um lugar aonde podemos chegar de barco ou de trem.
É longe, bem longe...
Atrás da lua...
Para lá das chuvas...






Em algum lugar, acima do arco-íris... lá em cima...
Há um lugar de que ouvi falar... numa cantiga de ninar.
Em algum lugar, acima do arco-íris... o céu é azul,
E os sonhos... que se ousa sonhar...se tornam realidade.

Um dia, farei um pedido às estrelas, e acordar num lugar
Onde as nuvens estão muito atrás de mim,
Onde os problemas derretam, como dropes de limão...

Bem acima do alto das chaminés
É onde vai me achar...

Em algum lugar, acima do arco-íris, os pássaros azuis voam.
Os pássaros azuis voam acima do arco-íris...
Por que, então, eu não posso?
Se os felizes passarinhos azuir voam, além do arco-íris,
Por que eu não posso? "


Somewhere Over The Rainbow (clip legendado)
http://www.youtube.com/watch?v=F0-um0pHTAg

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A Lucidez Perigosa

Sinto-me como se estivesse condenada a silenciar ou a ser hipócrita no convívio com todas as pessoas.Não denunciar o circo de horrores humano jamais, sob pena de se tornar a eterna estraga-prazeres desse mundinho provinciano.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Temos Escolha




No interessante livro "Homem lento", de J.M. Coetzee, há uma passagem que me marcou. É um confronto verbal entre o personagem principal do livro, um homem de mais de 60 anos que teve uma perna amputada depois de um acidente de bicicleta, e um garoto adolescente. Ambos estão no sombrio e decadente apartamento do velho, que resmunga:

-Eu fui ultrapassado pelo tempo. Este apartamento e tudo o que existe dentro dele foram ultrapassados pelo tempo.
O garoto pergunta se ele não gosta de coisas novas. O velho (que nem é tão velho) responde:
- Isso tudo um dia foi novo. Tudo no mundo um dia foi novo. Até eu fui novo. Na hora em que nasci, eu era a coisa mais moderna da face da Terra.
Nada é tão moderno quanto nós ao nascermos. Sublinhei.
Prosseguindo o diálogo, o garoto então comenta, como quem não quer nada, que um dia foi visitar o avõ para mostrar como funcionava um computador. O avô era bem velho e também tinha sido ultrapassado pelo tempo. Hoje fazia compras pela internet, enviava emails, recebia fotos.
- E daí? - pergunta o mal-humorado sem perna.
- Daí que dá pra escolher.


Eis uma frase, uma verdade, um verso: dá pra escolher. Todo dia, ao levantar da cama, eu procuro me lembrar: dá pra escolher. Nem eu nem você estamos jogados ao léu, nas mãos do destino. Não temos controle sobre tudo, mas dá pra esclher entre ter amigos ou viver recluso, dá pra escolher entre privilegiar um amor ou ter vários casos superficiais, dá pra escolher entre participar ativamente de um projeto que alavanque nosso bem-estar ou ficar de fora apenas criticando, dá pra escolher entre se refugiar num lugar tranquilo ou aprender a lidar com o estresse urbano, dá pra escolher entre levar a vida com bom humor ou levar a vida na ponta da faca.
Tudo é uma escolha, inclusive ser velho ou ser jovem, e isso não se resolve apenas numa clínica de estética. Todas as nossas escolhas passam pelo estado de espírito. É ele que vai determinar se vamos viver uma vida mais simples ou mais complicada, mais solitária ou mais social, mais produtiva ou mais lerda.
Dá pra escolher entre ser carnívora ou vegetariana, entre fumar ou não, entre correr na praia ou ficar um pouco mais na cama, entre jogar paciência ou ler um livro, entre amores serenos ou amores turbulentos. Se a escolha será acertada, aí já é outro assunto, o futuro vai dizer. Pensando bem, acertos e erros nem estão em pauta aqui. O que importa é ter consciência de que ficar sentado esperando que a vida escolha por nós não é uma opção confortável como parece. Descansados da silva, vem o tempo e crau: nos ultrapassa.

(Martha Medeiros)

terça-feira, 25 de maio de 2010

Dona do Dom...


Dona do dom que Deus me deu
Sei que é ele a mim que me possui
E as pedras do que sou dilui
E eleva em nuvens de poeira
Mesmo que às vezes eu não queira
Me faz sempre ser o que sou e fui
Eu quero, quero, quero, quero ser sim
Esse serafim de procissão do interior
Com as asas de isopor
E as sandálias gastas como gestos de um pastor

Presa do dom que Deus me pôs
Sei que é ele a mim que me liberta
E sopra a vida quando as horas mortas
Homens e mulheres vêm sofrer de alegria
Gim, fumaça, dor, microfonia
E ainda me faz ser o que sem ele não seria
Eu quero, quero, quero, é claro que sim
Iluminar o escuro com meu bustiê carmim
Mesmo quando choro
E adivinho que é esse o meu fim
Plena do dom que Deus me deu
Sei que é ele a mim que me ausenta
E quando nada do que eu sou canta
E o silêncio cava grotas tão profundas
Pois mesmo aí na pedra ainda
Ele me faz ser o que em mim nunca se finda
Eu quero, quero, quero, quero ser sim
Essa ave frágil que avoa no sertão
O oco do bambu
Apito do acaso...

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Eu ...






"Não me prendo a nada que me defina.
Sou companhia, mas posso ser solidão;
Tranquilidade e inconstância;
Pedra e coração.
Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor,
Sarcasmo, preguiça e sono.
Música alta e silêncio.
Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser.
Não me limito, não sou cruel comigo!
Serei sempre apego pelo que vale a pena
E desapego pelo que não quer valer...
Suponho que me entender não é uma questão de inteligência
E sim de sentir, de entrar em contato.
Ou toca, ou não toca".


(Clarice Lispector)


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domingo, 25 de abril de 2010

Testando do meu Iphone




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Por do sol em Brasilia

Testando postar do meu IPhone.


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segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia Internacional da Mulher


Todo o esforço e a luta do seu dia a dia jamais serão suficientes
para poder enfraquecer-te, mas sim e tão somentepara dia após dia,
exaltar com mais nobreza ainda a grandiosidade do teu lindo ser.

Para você mulher tão especial...

FELIZ DIA INTERNACIONAL DA MULHER!!!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Paciência


Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...

Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...

A vida não pára...

sábado, 23 de janeiro de 2010

Love of my life


Love of my life, you hurt me,
You've broken my heart, and now you leave me.

Love of my life can't you see,
Bring it back bring it back,
Don't take it away from me,
Because you don't know what it means to me.

Love of my life don't leave me,
You've stolen my love now desert me,

Love of my life can't you see,
Bring it back bring it back,
Don't take it away from me,
Because you don't know what it means to me.

You will remember when this is blown over,
And everythings all by the way,
When I grow older,
I will be there at your side,
To remind you how I still love you
I still love you.

Hurry back hurry back,
Don't take it away from me,
Because you don't know what it means to me.

Love of my life,
Love of my life.

Amor de minha vida

Amor de minha vida, você me feriu
você quebrou meu coração e agora me deixou
Amor de minha vida você não entende
traga-o de volta, traga-o de volta
não o leve de mim, porque você não sabe
o quanto é importante para mim.

Amor de minha vida, não me deixe
você roubou meu amor, mas agora deixou-me sozinho
Amor de minha vida você não entende
Traga-o de volta, traga-o de volta
Não o tire de mim
porque você não sabe
O quanto é importante para mim

Você não lembrará
Quando isso acabar
E todas as coisas
Dessa maneira tiverem fim
Quando eu envelhecer
Eu estarei ao seu lado para lembrar-lhe
Como eu continuo te amando, eu continuo te amando

Volte, volta logo
Por favor traga-o de volta para mim
Porque você não sabe
O quanto é importante pra mim
Amor de minha vida, amor de minha vida...





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